sexta-feira, 18 de abril de 2008

A gostosinha do funeral (Cômico)


Era o enterro da mãe do meu melhor amigo. Família rica, que defecava dinheiro com a maior naturalidade. Presos aos bens materias, inclusive ao corpo depois da morte, não admitiam a cremação e, por isto, tinham um majestoso mausoléu, com banheiro, piscina, quadra polivalente, sala de velar e “otras cositas básicas más”. Estávamos todos na sala de velar, ouvindo o choro de uma “crier woman” de aluguel, quando chegou a hora da missa, antes do corpo ser despachado para o gavetão. O padre baiano, sincrético que era, pediu para que todos fossem para a cachoeira murmurante, que ficava a uns cem metros do mausoléu, para que pudessem fazer uma oração com as mãos dadas, de frente para um mega despacho feito em homenagem à falecida. Quando todos saíram, foi que vi uma garota toda de preto, chorando aos cântaros, com minissaia e bustiê capazes de levantar o pau do defunto, caso fosse macho. Apesar do tesão descontrolado que me invadiu o corpo e a alma, diante do cadáver da mãe do meu amigo e do sofrimento da gostosinha, contive-me e fui respeitosamente até ela, para saber, com educação, se podia fazer alguma coisa para ajudá-la.

-Posso ajudar, menina?

-Sim, me come – Falou soluçando.

Titubeei e dei dois passos pra trás.

-Como?!

-Sim, come logo, senão o pessoal vai voltar e não vai dar tempo.


Falou aquilo, baixou a calcinha , levantou a minissaia, tirou o bustiê e, soluçando, se jogou cruzando as pernas em volta de mim. O pinto que já estava em estado de guerra, apesar da tragédia, entrou em palvorosa, digo, em polvorosa. Imediatamente, abri a barriguilha e comecei a roçar púbis com púbis, num cenário cômico-erótico que, logo depois, virou erótico-comecozinho, assim que ela ficou de costas pra mim. E foi nessa situação, cambaleando pra lá e pra cá, que nós tropeçamos e caímos por cima do caixão. Eu já estava quase gozando, mas, ao cair por cima da barriga da morta, ela soltou um pum e seus olhos imediatamente se abriram. Quando a gostosinha viu aquilo, deu um grito pavoroso.

-Aaaaahhhhhhh!!!!!

-Tá gozando? Ta gozando?

-Aaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh! A morta ressuscitou pra castigar a gente!!!!

Demos um salto sincronizado, do caixão pro chão e, quando começávamos a nos vestir, escutamos a voz do meu amigo.

-Qué qué iiiiisssssoooooo, seus filhos da puta!! Fudendo em cima do corpo da minha mãe!!!

Ela, mesmo sem calcinha, e eu, com o peru balançando ao sabor do vento, saímos na toda, pulamos a janela (ela fez um salto com vara, porque, na hora de pular, se apoiou na minha) e sumimos para nunca mais aparecer. Antes de sair do cemitério, me embrenhei por uns matos que havia na ala de indigentes e acabei de comer a mulher, pois seria uma puta falta de consideração, comigo e com ela, não chegar ao gozo, depois de tudo que aconteceu.

Nunca mais encontrei com as pessoas com quem estive naquele velório sexual. Nem a gostosinha, nem o padre sincrético, nem o meu grande ex-amigo. Só a mãe dele que, de vez em quando, aparece pra mim, em sonho, deitada no esquife, com os olhos arregalados e sorrindo estranhamente. Velha assanhada!!

4 comentários:

Laura Medeiros disse...

HAUHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA

meu, imaginei toda a cena e vi pode acontecer, porque tem amigo louco pra tudo!

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Chorei litros vei de tanto rir.
nunca li um conto tão hilário quanto este, ja me tornei fã e fiel leitor deste blog, só por este conto que foi hiper engraçado, eu parecia um doido me acabando de rir na frente do pc. huahuahua
valeu muito, quero mais contos como este, e vou indicar o blog pra amigos tbm. ^^
Abraços a todos que escrevem neste blog.

Vivica disse...

ÓTimoooooooooooooooo
ahahahhahahahaahahah

Guabyroba disse...

Laura, minha fiel leitora: te amo, tá?

Porra, David! Beleza pura, meu!

Stepmama, valeu comadre!

Fucks nas suas zomas erógenas!

do Guaby