quarta-feira, 25 de junho de 2008

Se meu prepúcio falasse

Era uma vez o meu prepúcio. Quando eu era pequenininho, ele só vivia colado na minha glande. Minha mãe e meu pai falavam tanto em fimose, que pensei que este fosse o meu nome. Só no dia que minha mãe chegou para mim e falou "Meu filho, você vai ter que operar fimose" foi que caí na real. Se eu era o filho dela, quem era fimose. Se eu era fimose, quem era o filho dela? Foi aí que ela me explicou tudo e fiquei sabendo que meu nome era muito mais bonito do que aquele. Orgulho-me muito de me chamar SARDEMBERG GUABYROBA. Bom, voltando a vaca fria, por sorte, a minha fimose começou a regredir espontaneamente (ou será que o meu piru é que começou a crescer desproporcionalmente?) e eu não precisei operar aquela pelanca. Já com os meus dez anos, a situação havia se normalizado completamente. Foi aí que eu comecei a prestar mais atenção naquela pele que servia de adorno ao meu órgão reprodutor. Finalmente, fiquei sabendo que o nome dele em condições normais era PREPÚCIO. Como todos os dias estávamos um olhando para o outro, resolvi batizá-lo com nome e sobrenome. Passei a chamá-lo de AMÉRICO PREPÚCIO.

Quando fiz meus quinze anos, meu pai levou-me a um puteiro para ver se perdia a virgindade. Escolhi uma morenaça de olhos verdes e corpão violão, mas quando comecei a tirar a roupa no quarto para traçar a bela dama, percebi que o meu prepúcio estava irritadiço, de uma hora para outra. Fiquei meio desconfiado e resolvi dispensar a menina, mesmo com o pênis juvenil em posição de combate. Acabei não transando naquele dia. Sorte a minha, porque fiquei sabendo que, um mês depois, a menina morreu com diagnóstico de AIDS. Américo Prepúcio havia salvado a minha vida.

Até hoje, nunca tive doença venérea nenhuma, graças ao Américo Prepúcio que sempre sinaliza quando há perigo.

Eu amo Prepúcio, Prepúcio me ama e dou graças a Deus por não ter nascido judeu.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A secretária da bunda gostosa

Sabe aquele negócio de você chegar ao trabalho, começar a labuta, com uma porrada de gente te enchendo a paciência, ao tempo em que uma bunda gostosa de secretária fica para lá e para cá, provocando a tua piroca de maneira descarada? Pois é, isto acontecia comigo até a última sexta-feira, quando resolvi dar um basta.

Onde eu trabalhava, o expediente acaba às 5:30 h, mas, naquele dia, resolvi fazer uma hora extra. O trabalho estava atrasado e já era tempo de aumentar um pouco a carga horária deste escravo que vos fala, para ver se evitava o desemprego, que é pior do que a escravidão (isto merece um debate à parte, mas, no fundo, no fundo, ser desempregado ou ser escravo é tudo a mesma merda do ponto de vista de bem-estar).

Pois é. Eu estava lá, entre números e despachos, quando vi aquela bunda entrar. Ela também tinha resolvido fazer serão e, vejam só, éramos só eu e ela naquele universo de mesas e cadeiras abandonadas. No princípio, fingi que estava tudo bem, que um homem e uma bunda feminina fazendo hora extra, sem mais nada nem ninguém por perto, era absolutamente normal. Mas, depois, comecei a perceber a insistência daquele cu nos seus passeios em torno da minha pessoa e resolvi ficar prestando atenção. Entrava, abria arquivo, ia, voltava, fazia um barulho do caralho e seguia para a mesa do chefe, com aquele toc-toc do salto alto e aquela semitransparência do vestido, que me permitia ver a calcinha maravilhosa, cavadona, que revestia aquele rabo homérico.

Uma hora e cinqüenta desfiles depois foi que surgiu a curiosidade de dar uma olhada rápida para o rosto portador daquela bundona escultural. Só aí que o babacão aqui percebeu que a gostosa da secretária só ficava olhando e sorrindo para mim. Aquele tipo de sorriso que é quase uma autorização a uma boa uma penetração lubrificada e indolor. Quando vi aquilo, o pau deu de latejar. O momento nem merecia comentários ou piadinhas esdrúxulas que pudessem fazê-la me execrar. Levantei da cadeira e fui em direção a ela. Naquele momento, estava curvada, tentando pegar uns papiros do chefe que haviam caído no chão. Cheguei já segurando na cintura, por trás. Ela ficou quieta. Como quem cala consente, continuei a empreitada. Levantei-lhe a saia e comecei a apertar as nádegas, pacientemente, ainda por cima da calcinha. Pasmem! Ela continuava lá, como se nada estivesse acontecendo, procurando os papiros da chefia de merda. E eu apertando a bunda com uma das mãos e com a outra reconhecendo o terreno, de uma maneira geral (peitos, costas, vagina (de leve) etc.).

Aí, fudeu! A mulher se largou toda. Seus óculos caíram e ela desabou de quatro, em posição de combate. Afastei as duas nádegas e comecei a cheirar o rabinho apetitoso. Que cheiro, meu! Nunca mais vou me esquecer. Era perfumado, numa mistura de alfazema e azeitona preta. Pela primeira vez, ela falou:

-Mete o porro, seu gostoso! Mete o porro!

Ah! Quando ela falou aquilo, não pensei duas vezes, tirei as calças, cueca e camisa. Dei uma cusparada no José Brincalhão e fui me aproximando daquele cuzaço. Quando estava a poucos milímetros da enrabação, a porta foi repentinamente escancarada. Entram o nosso chefe e o diretor-presidente da empresa discutindo um assunto que acho que era urgente. O pau caiu, a mulher caiu, o chefe caiu, o diretor subiu pelas paredes.

-Foooooooooooooooora, filhos da puta!!! Tão pensando que isto aqui é zona!! Estão despedidos por justa causa!

A mulher saiu desesperada, chorando. Eu saí atordoado, segurando as vestes com uma das mãos e tapando o caralho com a outra. Puta merda! Rua da amargura! Não comi a mulher e ainda perdi o emprego. Os nossos mecanismos de defesa sempre procuram uma justificativa plausível que nos dê alento e eu pensei "porra, podia ter sido pior. Por exemplo, se minha mulher me pega nesse flagra? Por exemplo, se o bundão do marido daquela bundona gostosa aparece lá de repente?" Acabei de pensar aquilo e escutei um grito horroroso, vindo da boca da dona daquele imenso rabo não deglutido. Quando olho, ela estava voltando correndo, com repórteres atrás, em busca do melhor ângulo para sair na primeira página dos jornais sensacionalistas da cidade. Quando me viram. Começaram a me fotografar também. Era flash de tudo que era lado. Na verdade, eles estavam lá, esperando um pronunciamento da empresa sobre um acidente ecológico ocorrido em uma das unidades industriais da holding.

Manchete do dia seguinte:

“CASAL FAZIA SACANAGEM NA SALA DE CHEFE POLUIDOR”

Manchete de dois dias depois:

“MULHER QUE FAZIA SACANAGEM NA SALA DO CHEFE ANTIECOLÓGICO MORTA PELO MARIDO CORNUDO”

Manchete de três dias depois:

“COMILÃO DO ESCRITÓRIO ENCONTRADO MORTO E CAPADO”

Morri sem um pingo de felicidade, isto é que é pior.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

A morena que quis dar o rabo

Era uma vez uma morena muito bonita que sempre se preservou. De família católica, casou na igreja e viveu cinco meses com o fiel maridão. Fiel enquanto durou o desconhecimento sobre suas molecagens. Um dia soube que estava sendo traída por ele. Ficou desesperada. Chorou muito. Ele desmentiu tudo. Ela num primeiro momento acreditou, mas vizinhos filhos da puta, "amigos" dela, a levaram até a casa da amante no dia em que ele estava lá no maior sarro. A morena se desesperou. Saiu dali e sumiu. O marido a procurou, procurou e não a encontrou.

Um belo dia, ela voltou para casa. Disse para ele que o perdoava e que não queria mais saber o que ele estava fazendo fora de casa. Todo feliz, ele falou que também a perdoava (!!) e que a recebia de braços abertos. Na segunda semana depois da sua volta, quando o maridão chegou em casa, abriu a porta e falou:
-Querida, cheguei!

Esperou, esperou e nada.

-Querida, cadê você?

Nenhuma resposta. Ele foi caminhando em direção ao quarto e, de repente, começou a ouvir uns gemidos estranhos. Para falar a verdade, gemidos pra lá de eróticos. Abriu a porta e lá estava sua esposa de cu para o alto com um negão puro músculo, de 2 metros de altura e uns 100 quilos de massa carcando o rabo de sua senhora.

-Que porra é essa, sua filha da puta! Piranha!

O negão tirou o pênis do orifício anal de sua amada, foi na direção dele, o agarrou pelo pescoço e falou:

-Seu veado, filha da puta! Se você xingar a sua mulher outra vez te dou uma porrada e como teu cu, seu veado!!

-Dddesculpa, ddesculpa. Eu só quero o bem dela...
-E o meu, seu babaca?!!

- O seu ttambém.

-Babaca!!! A esposa:

-Isto é para você ver como dói ser corneado. Só quis fazer um pouco melhor que você. Ver você presenciando o Argenor (o negão) comer a minha bunda era o sonho da minha vida.

Dali pra frente, o maridão despirocou. Sumiu da cidade e nem a amante levou. Soube-se mais tarde que havia virado veado e que fazia ponto na Praça da Sé, em São Paulo, oferecendo-se exclusivamente a negões fortes e com mais de 2 metros de altura.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Masturbação coletiva

Eu estava no ônibus e não podia imaginar que aquele seria o meu dia. Dez curvas e cinco minutos depois de eu ter embarcado, entra uma loura chiquérrima. Nada sem combinar. Bustos deliciosos, querendo escapar do bustiê. Saia curtíssima. Sorriso orgasmante. A mulher era tudo de bom. Pagou a passagem e foi sentar-se justamente do meu lado. Toda recatada, sequer olhou pra mim. Se bem que não dava para perceber os detalhes do movimento do seu globo ocular, pois ela estava usando uns óculos escuros Pierre Cardin lindíssimos. Como percebi que aquele peixe não era para a minha isca, resolvi continuar olhando a paisagem que se impunha diante da janela. Passaram-se mais uns cinco minutos e eu comecei a cochilar. A viagem era longa e eu não havia dormido bem naquela noite. Comecei a ter um sonho com a própria louraça que estava do meu lado. Ela começava a rir para mim, falava umas confidências no meu ouvido e começava devagarzinho a apalpar meu pênis. Uma coisa maravilhosa. Um hálito angelical (hálito de anjo deve ser bom). Enfim, era como estar no paraíso. Comecei a relaxar no banco e parecia que a coisa estava se intensificando. De repente, por causa de um buraco, despertei e, quando olhei, a loura estava imponente, com os olhos escondidos por trás dos óculos, mas com a mão boba efetivamente alisando o meu cacete. Arrepiei e fiquei todo gelado. Menos no cacete, que começou a pular randomicamente, como se fosse um frango cuja cabeça tivesse sido recém-arrancada. O sonho de mulher falou baixinho pra mim.

-Está gostando?

-Sssim... Súbito, ela começou a massagear-me mais fortemente. Eu estiquei as pernas como se estivesse espreguiçando e deixei o barco rolar. Quando estava na iminência do orgasmo, um senhor que estava no banco de trás bateu no meu ombro e pediu para eu ajudá-lo a encontrar umas moedas que haviam caído chão.

-Por favor, amigo. É muito importante para mim. Eu sou pobre, não enxergo bem e esse é o único dinheiro que tenho para o almoço. A loura maravilhosa imediatamente tirou a mão da minha caceta e estendeu a palma como se estivesse dando passagem para que eu fosse procurar as moedas da porra do cara. Saí, comecei a procurar as moedas, agachando-me, curvando-me, esticando-me feito um palhaço no ônibus. Mas sabia que, depois daquilo, além de ter praticado uma boa ação, ainda iria poder desfrutar daquelas mãos macias e, quem sabe, não rolasse uma punheta de fato e de direito como recompensa à minha boa ação? Fiquei mais eufórico e comecei a ser mais rápido. Consegui encontrar todas as moedas e o bom senhor agradeceu-me muito. Quando me viro para voltar para o meu banco para obter a recompensa, não havia mais ninguém.

-Cadê a loura que estava aqui? Cadê a loura que estava aqui?

O senhor a quem ajudei falou:

-Ela foi embora. Olha ela lá!

Olhei para fora e a loura gostosérrima estava entrando num táxi e dando adeusinho pra mim.

-Poooorraaaa! - Gritei.

-Posso te ajudar, meu amigo? - Disse o senhor das moedas.

-Pode, seu filho da puta! Me dá essas porras dessas moedas aqui!! Hoje você não vai comer!

Embolamo-nos no ônibus com mordida na orelha, no nariz, porrada no olho etc. Fomos parar na delegacia. Fui acusado de roubo pelo filho da puta (com testemunhas tão filhas da puta quanto o delator) e fui para o xilindró. Fiquei preso, junto com um bandido de alta periculosidade.

Uns três dias depois do meu inquilinato compulsório, foi o primeiro dia de visita. Os presos que tinham mulher podiam recebê-las na cela. O bandidão que estava no mesmo xilindró que eu falou que ia receber sua mulher e disse que, quando ela chegasse, eu fosse para a latrina e ficasse com a cara virada para a parede. Às duas horas da tarde, a mulher chegou. Por precaução, eu havia me antecipado e já estava com a cara para a parede e em cima da latrina. Só dei uma olhadinha para trás, num ato reflexo, e pude ver o bandidão com uma puta cara de mau, olhando pra mim, e, do seu lado, a loura do ônibus com aquele sorriso inesquecível. Disfarçadamente, ela fez um movimento de masturbação com a mão direita e depois virou o rosto e começou a se esfregar no bandidão. Agüentei uns cinco minutos sem olhar para trás. Quando não me contive mais e olhei, a louraça estava de pernas abertas olhando pra mim e o bandidão por cima dela. Com o pau em EML (estado máximo de latejamento) e a cuca em erupção, dei um grito demoníaco e parti para cima dos dois. O bandidão pegou uma faca que estava perto dele e jogou em mim. Morri.

Quando cheguei ao purgatório, comecei a me queixar, dizendo que não merecia aquilo, que não era a minha hora, blá blá blá blá blá blá. O capeta falou para ficar calmo (é preciso ter muita calma nessas horas, disse sarcasticamente) e me deu um chute na bunda, encaminhando-me para uma sala de espera. Sentei num banco que estava fervendo e esperei, esperei, esperei. Súbito, a porta se abre e, quem entra? A loura, meu! Com hematoma nos dois olhos e com uma facada no coração, mas era a louraça!! Com as duas mãos e tudo mais! Sentou do meu lado e começou a desabafar:

-Ele não me entendeu. Quando eu falei para ele que te conhecia do ônibus e que tinha quase certeza de que você foi preso por causa de mim, ele me deu duas porradas e uma facada fatal. Mas não tem importância. Agora estamos aqui, juntinhos de novo.
Disse isto e começou a escorregar a mão outra vez na minha caceta. Puta que pariu! Loucura, loucura, loucura! Se no banco frio do ônibus já tinha sido bom, imagina sentado naquele banco a setenta graus de temperatura já funcionando como um pré-ejaculador? Começou a me masturbar, masturbar, masturbar. Na hora em que estava quase gozando, o capeta entra e, com um sorriso nos lábios, perguntou-me se eu não poderia ajudá-lo a encontrar umas moedinhas que caíram no chão e que era o dinheiro que ele tinha para almoçar naquele dia. O pau brochou.

Foi aí que eu entendi tudo, porém já era tarde demais...

Desde então, venho tentando morrer pela segunda vez, mas acho que isto é impossível. Resolvi, por isto, desabafar um pouco, contando a minha história para vocês.

A louraça? Depois daquele dia, nunca mais a vi. Uma alma penada, amiga minha, disse-me, outro dia, que o diabo a está comendo, mas eu não quis pagar pra ver.






quarta-feira, 28 de maio de 2008

Os pés mais lindos do mundo (cômico)


Quando ele viu os pés da gatinha, ficou ensandecido. Era a coisa mais linda que ele já tinha visto na vida. Claro que o sujeito era tarado por pés, mas o fato é que ele nunca havia paquerado pezinhos femininos tão formosos quanto aqueles. Uma lindeza.

Foi na praia, num dia de muito calor. De início, ficou rodeando a moça, olhando discretamente para os seus artelhos e calcanhares. Houve até um momento em que ele jogou uma bolinha de frescobol para bem pertinho dos pezinhos idolatrados só para se aproximar e ver detalhes. E realmente o close não deixava dúvidas: eram os pés mais perfeitos do mundo.

Conseguiu marcar um encontro para aquela noite, às 9:00 horas. Colocou seu melhor perfume, passou um desodorante bem selvagem e foi à luta. Quando chegou lá, os pés já estavam esperando por ele. Veio numa sandália Samelo, meio salto, com os calcanhares completamente desnudos e as unhas pintadas numa cor bastante discreta. Sem conseguir se controlar, começou a sentir ereção, apesar de nem ainda ter chegado perto da mulher que era dona daquela maravilha. Ela percebeu, disfarçou um sorriso e sugeriu a ele que entrassem no restaurante para que pudessem conversar mais à vontade.

Entraram no Família Mancini e escolheram uma mesa bastante romântica, com luz de velas e um violinista à disposição. Começaram a conversar despretensiosamente. Entre um sorriso e outro da dona dos divinos apoios basais do corpo humano, ele achou que tinha sentido alguma coisa roçar suas pernas por debaixo da mesa. Coçou a canela, abaixou-se sutilmente, levantou a toalha de mesa e pôde ver aqueles pezinhos maravilhosos, absolutamente desnudos, procurando o seu corpo para fazer um carinho. Ele voltou à postura disciplinar e começou a sentir calafrios. "Aqueles pés estão querendo me deixar louco", pensou. De repente, a coisa foi mais além: ele começou a sentir o divino pé subindo por entre suas pernas em direção à sua genitália. Quando já estava na coxa, ele segurou o pezinho e conduziu-o até o pinto. Olhou para a mulher e ela estava com um sorriso ao mesmo tempo angelical e diabólico. Ela começou a roçar, roçar, roçar, roçar. Quando já estava quase chegando ao orgasmo, o garçom chegou com a sopa que eles haviam pedido. Percebendo que o seu cliente estava em transe por uma causa aparentemente nobre, ficou meio descompensado, tropeçou e derrubou a sopa em cima do nosso podófilo. A sua companheira deu um gritinho porque a sopa também queimou o seu pezinho e o nosso amigo deu dois gritos estridentes logo depois: um por ter ficado com o pênis sapecado e outro por ter imaginado que os pés mais bonitos do mundo poderiam ter ficado feridos. Pagou um esporro no garçom (literalmente), pegou a sua companhia pelas mãos (se desse, a pegava pelo dedão do pé, certamente) e foi embora.

Mas a noite não terminou mal para os dois. Acabaram indo para um motel de luxo, onde ele comeu o pé da fêmea de que dispunha de tudo quanto era maneira e depois do desgaste emocional e físico, fizeram uma bela de uma refeição e dormiram felizes até o dia seguinte.

No dia seguinte, quando o podófilo acordou, a mulher não estava mais ao seu lado. Porém, os pés sim. Ao lado deles uma carta de despedida.

"Meu amor,
Como ficou evidente que você na verdade estava amando os meus pés e não a mim, resolvi ir embora. Como forma de agradecer eternamente por essa noite maravilhosa que você me proporcionou, porém, deixo os meus pés biônicos para você de presente, São pés importados da Finlândia, onde estão sendo desenvolvidas as mais avançadas tecnologias para reconstituição de pés e mãos humanos. Custou-me uma fábula, mas não tem problema. Eu tenho um par reserva e depois eu me viro e compro outro.

Quero que você seja muito feliz com essa parte de mim.

Serei sempre sua.

Beijos eternos".

Quando ele acabou de ler a carta, caiu em prantos. O fato de saber que aqueles pés perfeitos agora seriam só dele causou-lhe uma crise de choro como nunca tivera antes. Abraçou-se aos pés que agora faziam dele um quadrúpede e acabou dormindo outra vez, tendo os sonhos mais lindos que um maníaco poderia ter. Na rádio, coincidentemente, Roberto Leal cantava "Bate o pé", o que o deixou com cara de bebê feliz. Pegou o pé direito, colocou o dedão na boca e, dormindo, ficou chupando-o como se estivesse chupando uma chupeta.

"O bate o pé, bate o pé, bate o pé
O bate o pé, faça assim como eu
O bate o pé, bate o pé , bate o pé
Foi assim que meu amor se perdeu"


terça-feira, 20 de maio de 2008

A punheteira

Condomínio Pedras de Itaúna, 21 de maio de 2008. Jonas, o morador da casa 45 estava chegando ao seu lar. Como sempre, parou o carro para abrir o portão da garagem. Sua residência ficava colada a um dos muros que dividia internamente o condomínio. Quando saiu do veículo e aproximou-se do portão, pôde escutar vozes do outro lado do muro do qual se aproximava. Na verdade, não eram vozes e sim gemidos. Achando que havia alguma coisa errada, pegou um banquinho de ardósia que ficava no quintal da sua casa para ver o que se passava do outro lado. Quando pôs discretamente a cabeça por cima do muro, uma grande suspresa: a tímida filha da vizinha estava batendo uma punheta no namorado dela. Jonas era um trabalhador dedicado, mas também gostava de umas sacanagens. Quem não gosta? Resolveu, então, ficar por ali até o namorado da menina ir ao orgasmo. Depois, foi para o banheiro da sua casa e deu o seu recado particular.


No dia seguinte, a mesma coisa: chegou, escutou o gemido, olhou por cima do muro e ficou vendo a menina masturbar o namorado até que ele gozasse. No dia seguinte, a mesma coisa. Ser jovem é outro papo. Dá-se a liberdade de ir ao orgasmo todos os dias sem prejudicar o bom amigo caralho.


Diante daquele cine privê inesperado, ele conseguiu um cantinho bem camuflado no quintal de sua casa e quase todos os dias ficava por ali olhando a punheteira enquanto também tocava punheta.


Passaram-se semanas, meses, nessa situação. Num final de semana, Jonas estava indo à padaria para comprar pão e encontrou com a menina no estabelecimento. De mansinho, chegou para perto dela e, enquanto pedia uma bisnaga, foi falando para ela que sabia de tudo, que, já fazia tempo, a via masturbando o namorado do ladelá do muro da casa dele e que, se ela não fizesse o mesmo com ele, iria contar para todo mundo do condomínio, inclusive para a mãe dela. Marcou um horário na sua casa e ficou torcendo para que a estratégia desse certo.


Cinco horas da tarde, escutou a campainha. Foi atender e lá estava ela exuberante e cheirosa. Entraram, foram para o quarto dele e depois de um chorinho meio falso, ela segurou na piroca do Jonas e começou a masturbá-lo. Jonas foi ao paraíso umas três vezes naquela tarde-noite.


Daí para frente, pelo menos umas três vezes por semana, a menina ia até a casa de Jonas para lhe tocar umas punhetas. Numa dessas vezes, um outro vizinho de Jonas percebeu a malícia da coisa e conseguiu entrar no quintal dele para ver pela janela o que se passava. Ficou maluco quando viu com que categoria a garota segurava e friccionava o pau do Jonas. Ficou na espreita por alguns dias e, num final de semana, estava indo comprar carne, quando encontrou a menina no açougue. Falou para ela que sabia de tudo e que, se ela não fosse até a sua casa fazer o mesmo, iria contar para todo mundo, inclusive para a mãe e para o namorado dela.


Claro que ela foi e aí...


Bem, seis meses depis, a menina, batia punheta em metade dos homens do condomínio Pedras de Itaúna, todos pensando que ela fizesse aquilo só com ele, com o vizinho e com o namorado (só?!!). E assim mais um pacote de relações sociais hipócritas aconteceu na face da Terra. Sabia-se que a menina gostava muito de fazer aquilo. Era quase que um prazer mórbido.


Outro dia, eu fui visitar o Jonas na casa dele. Já sabia de tudo. Quando passei casualmente por ela, a vadia deixou cair um bilhetinho perto de mim. Peguei para ler e lá estava: "Se você é amigo do Jonas também é meu amigo. Liga para mim para a gente conversar qualquer dia desses. Meu telefone é 2458 987.. A porcaria do papel rasgou na hora em que eu o peguei no chão e fiquei sem saber qual era o último dígito do telefone dela.


Mas acho que a gente pode tentar uma das dez vezes até que a punheteira atenda o nosso chamado, não?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O grelo falante



Francisco Bento andava por um jardim público no centro de uma capital brasileira, quando escutou uma voz suave e excitante chegar até seus ouvidos:

-"Chico, seu gostosão, venha cá me completar".

Ele olhou para trás, mas continuou andando. A voz insistiu:

-"Chiquinho, seu maravilhoso, vem cá, meu bem!"

Francisco ficou estupefato. Ainda mais que ele tinha acabado de chegar do interior do país e não conhecia ninguém ali, além dos seus quatro filhos e a mocréia da sua mulher, que há muitas décadas tinha deixado de falar coisas do gênero, se é que algum dia falou. Super desconfiado que estava, Chico começou a olhar pra todos os lados, mas não viu ninguém. De repente, a voz, outra vez:

-"Chico seu gostoso. Eu sei que sua mulher, além de feia, está negando fogo e, por isto, eu quero realizar pelo menos três desejos seus. Vamos conversar, mogim."

Pombas! Mogim era tratamento carinhosíssimo para "amorzinho" e aquele carinho com aquela voz descaralhante o deixou de pau duro. Começou a ficar meio alucinado e a adentrar as alamedas existentes na praça, para ver se encontrava alguém. Fuçou, fuçou, fuçou até que num cantinho, encostada numa árvore, estava uma garrafa. Uma garrafa completamente diferente de todas as que ele já havia visto. Era azul e tinha um design que lembrava os palácios árabes das mil e uma noites. Chegou perto, ameaçou pegá-la e ela faiscou. Ele deu um passo atrás e da garrafa saiu a voz:

-"Se for me pegar, pegue-me com carinho e esfregue-me com carinho para que eu me sinta confiante nas suas mãos".

Chico ficou com os olhos arregalados como se tivesse ingerido um quilo de cocaína de uma vez só. Mas a curiosidade suplantava qualquer medo naquele momento e ele aproximou-se da garrafa, a pegou delicadamente nas mãos e tentou enxergar pelo vidro o que havia dentro dela. A voz esbravejou:

-"O gostosão! Estou perdendo a paciência contigo. Eu já disse para você esfregar-me delicadamente nas suas mãos para que eu possa me manifestar do jeito que você deseja. Depois de esfregar-me, você pode retirar a tampa e olhar para dentro da garrafa, meu amor".

A garrafa estava morna e intumescida, do jeito que o povo gosta. Ele, então, começou a esfregá-la delicadamente e lá de dentro da garrafa saíam gemidos excitantíssimos que começaram a fazer o Chico definitivamente perder a cabeça. Então, ele aproximou a garrafa da sua genitália onde começou a friccioná-la com força. "Ai, ai ai! Gemia a garrafa, parecendo estar quase indo ao orgasmo. Súbito, tanto Chico como a garrafa silenciaram, como se tivessem saciado suas vontades. Aí, a voz falou:

-"Chico, agora me abra, por favor, meu amor".

Francisco, ainda trêmulo e com pouca força, empenhou-se em retirar a tampa que lacrava a boca da botelha. Suou, suou até que conseguiu. Quando acabou de destampá-la, de dentro dela saiu uma fumaça rósea, que tinha o cheiro característico das peludas, e começou a materializar-se na sua frente. Chico ao ver a materialização, arrepiou até os cabelos da orelha. O que ele via era nada mais nada menos do que uma vagina completa, com clitóris e tudo mais, além de duas perninhas que a mantinham de pé.

-"Meu Deus, o que é isso!" - exclamou Chico apavorado e ameaçando largar a garrafa e sair correndo. Do clitóris é que saía a voz, que mais uma vez, ao ver o Chico perturbado, resolveu se manifestar.

-"Calma, Chico, calma. Eu sou uma gênia que foi presa nessa garrafa há dois mil anos. Você é a primeira pessoa com quem falo depois desse tempo todo. Senti confiança e sex appeal em você e, por isto, resolvi te conquistar. Como prova da minha gratidão e por me permitir o primeiro orgasmo depois desse tempo todo, eu vou te conceder três desejos. Pode pedir, Chico, que eu realizo".

-"Porra, essa história de gênio e de três pedidos é muito antiga. Tem alguma coisa estranha aí" - pensou Chico, totalmente desconfiado.

-"Vamos lá, Chicão! Se você não acredita, experimente fazer um primeiro pedido".

Jogando todas as desconfianças pro lado, ainda sob o efeito letárgico da boa gozada que tinha dado, resolveu tentar para ver no que é que dava.

-"Bom, já que o negócio é esse, como primeiro pedido, vou querer......muito dinheiro!"

Acabou de falar e de dentro da vágina-gênia começaram a sair ininterruptamente notas de 50 e 100 reais que não acabavam mais. Chico, completamente desorientado, começou a catar o dinheiro que se espalhava pelo chão com os olhos brilhando como o de uma criança que pega uma pipa voada.

-"Pronto, Chico. Agora vou parar. Acho que já tem bastante dinheiro aí pra você, meu bem. Você já sabe qual é o seu segundo desejo?"

Chico babava pegando o dinheiro e jogando numa sacola vazia de lixo que estava por perto. Ele não acreditava no que estava acontecendo.

-"Segundo desejo? Poxa, dona xota, eu acho que já tá muito bom, mas se você me diz que eu posso continuar pedindo, eu vou pedir. Como segundo desejo, eu vou pedir para que minha esposa e meus filhos tenham muita riqueza material, mas que passem a morar a dez mil quilômetros daqui, tendo uma vida tranqüila e abastada".

-"Que isso, Chico?! Você quer ficar longe da sua família?!" -"Quero, dona ximbica. Eu já tô com bastante dinheiro, não quero nenhum mal pra eles, mas quero desfrutar a vida longe deles. Ainda mais depois dessa nossa relação sexual in vitro, quando vi que há muita coisa que fazer e que na presença deles eu não conseguiria".

A gênia-xota ouviu as explicações e julgou razoável a sua solicitação. Deu uma contraída no pequeno e no grande lábio e a família do Chico sumiu do Brasil e apareceu em Amsterdã, Holanda, morando num palacete nas cercanias do centro daquela cidade, cheios de serviçais e bens materias.

-"Pronto, benzinho. Seu segundo pedido já foi atendido. Agora, para me libertar de vez, diga-me o seu terceiro e último pedido".

Francisco baixou a cabeça, fingiu pensar profundamente, passou uns dez minutos em silêncio e depois se manifestou:

-"Olha, o meu pedido vai parecer estranho, mas será muito importante para mim. O que eu vou querer vai ser uma gaiola toda em ouro, com pouca visibilidade do seu interior, mas com um orifício de mais ou menos 7 centímetros à meia altura e uma portinhola com fechadura, para o caso de eu querer abrir e mexer dentro dela".

-"Mas chico! Realmente é muito esquisito esse seu pedido! O que se passa, meu amor? Eu não sabia que você gostava tanto de passarinhos. Veja bem: esse terá o seu último pedido. Depois, não poderei fazer mais nada por você!"

-"Por favor, dona buceta, atenda o meu pedido que eu sei o que eu quero".

-"Bom, se é assim, é pra já!"

Disse isto e imediatamente apareceu uma gaiola linda na frente do Chico, de ouro puro, toda desenhada, com pouca visibilidade e com um buraco de mais ou menos 7 centímetros de diâmetro à meia altura.

-"Pronto, Chico. Agora que atendi esse seu último pedido, com licença que eu vou à luta. Bom te vê e hasta la vista, baby".

O grelo falante disse isto e já ia se retirando, quando Chico, num golpe ultra rápido, encaçapou a vulva na gaiola e trancou a portinhola para que ela não escapasse.

-"Socorro! Socorro! Chico, não faz isso comigo! Depois de tudo que te dei, você não podia fazer isto comigo!"

Francisco Bento, cheio de dinheiro nos bolsos e no saco, botou o olho pelo orifício que havia na gaiola e falou.

- "Meu grande amor: depois de tudo que você me fez é que eu não poderia te perder jamais. Muito mais do que o dinheiro, foi o prazer enorme, coisa que a muito não tinha com a minha patroa. Este buraco por onde te olho será por onde também te comerei e sei que você, no fundo no fundo, mas bem lá no fundo mesmo, estava querendo que eu fizesse isto. Um dia você não vai querer mais ir embora e, nesse dia, sairá da gaiola para ficar definitivamente ao meu lado".

De dentro da gaiola, nada se ouviu. Dizem que passarinho na gaiola lá no fundo é mais feliz. Não sei se no caso de vaginas essa máxima também se aplica, mas o fato é que, todo dia, quando Chico punha o seu cacete naquele buraco de 7 centímetros, escutavam-se gemidos de todos os lados e depois se tinha o silêncio e a paz das guerras conjugais.